27 novembro 2010

Tempo.

O tempo?
Cinco anos.
Cinco anos lutando contra o tempo, e então, finalmente conseguimos o enganar. O Vencer.
Nós fomos tão longe, porque desistir agora?
Nada mais importa.
Se uma vez conquistamos a perfeição, somos fortes o bastante para a recuperarmos.
Afinal, somos Deuses.
Os mais belos.
Eu prometi a você que estaria sempre contigo, e estarei.
Não te deixarei cair.
Renascer.
Viver.
Culpa?
A culpa é o mal.
Juntos será fácil a vencer.
Sei que não existirão mais erros.
Estarei ao seu lado, e nunca mais fracassaremos.
...
Quanto aos outros, eu apenas esqueço.
No entanto, vocês sabem, eu nunca resignei. Incorreto pedir, mas, desculpem-me.
...
Alterou toda uma eternidade?
Discordo. Temos muitas tardes e noites para passarmos juntos, e passaremos.
Seja em Paris, seja na Tesoros, ou no Rei do Mate.
Tanto faz.
Importante é que unidos somos imortais.
Heróis.
E, jogando fora as barreiras formais:
Minha Linda, Eu Amo você irremediavelmente, para sempre.

Por Geovane V. Rocco

Ainda hei

Até que ponto pode-se enganar o tempo? Até quando ele permite ser enganado? 
Que espécie de ser humano seria eu? Como classificaria alguém que não cumpre promessa alguma, que mente, que se contradiz a todo momento? O que mereceria? Tanta dúvida, tanta culpa, me deixou confusa e inconsciente. Acordei num hospital. Ainda hei de me espantar, a cada dia, com o que fiz. A cada amanhecer que poderia estar sendo tão diferente. Ainda hei de conhecer o limite da dor, que tem se afastado tanto dos meus ideais. Não há nada tão antagônico à felicidade quanto a culpa. Não há algo que me torture mais. Perecia estar tudo tão certo e perfeito, no entanto, de repente, destruí. Deixei de pensar por um instante e alterei toda uma eternidade. Reafirmei meu hábito de errar. Aumentei minha culpa. Tornei demasiadamente complexa uma ordem cronológica que costuma ser simples. Agora me dizem que devo envergonhar-me. Isso faz parte da recuperação, doutor?