14 dezembro 2009

Quando falo de dor

No mesmo tom que se fala de um falecido, falo desse ano. Arrepios de dor tomam conta de mim ao anoitecer, quando a noite deixa claro onde está a ferida. Meus olhos agitados na cama, pulo a janela e sento para ver a cidade, a névoa me abraça e o calor do meu coração declara aos gritos o arrependimento. Onde está a vida? Tudo tem sido tão injusto. A certeza das minhas escolhas tornam-se grandes erros. E eu que me achava tão madura. Início do ano: euforia, meio do ano: esporro, final do ano: dor. Ao meu ver este ano foi perdido, é como se ele se subtraísse da minha vida, submergisse. É tão típico falar de dor e cicatrizes, mas eu falo de uma dor tão verdadeira, corrosiva, fatal. Desde a hora em que acordo ela me tortura, é como se meu coração estivesse sendo pressionado, literalmente. À noite ela se acentua, e como eu disse, a escuridão deixa claro onde está a ferida. 
 E eu vou sonhando... sonhando em ser curada, sonhando em ser o suficiente, em superar as espectativas, sonhando em ver o sol nascer, em encontrar alguém, em encontrar até mesmo um amor. Eu sonho, porque são meus sonhos que não me deixam cair.

 Vista da minha janela

3 comentários:

  1. Que isso nati. O ano não foi bom pra ninguem eu acho, mas mesmo assim algum aprendizado nisso tudo voce deve ter tido! Bom, se existe dor é pqe voce reflete sobre as coisas em questao, isso realmente nao é tao ruim o quanto parece. Bjs nati

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  2. Nat...é bem dificil isso mas aprendemos demais com a dor e a tristeza.
    Com certeza 2010 será um ano maravilhoso pra você e pra mim. Tenha fé,esperança e positividade que com certeza isso só trará boas energias!!!
    Bjãooo

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  3. Obrigada Querida *-*
    Assim espero
    e igualmente, né?

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