02 maio 2010

    Tudo continua com uma semelhança monótona, irritante. Estou prestes a perder a vontade de me esforçar pra fazer algo de diferente. Quero sair comigo, quero comprar um livro, quero tomar um café e ler uma revista de arquitetura, só isso é o bastante. E no fim de semana, quero ir pra uma praia fria e nublada, sair de qualquer jeito pra comprar algum doce numa padaria e, quem sabe, conhecer alguém por lá. Estou farta de dar satisfações, agora vou fazer as coisas do meu jeito e presentearei os curiosos com o meu silêncio sorridente e misterioso de sempre. Descobri e reafirmei minha tese de independência própria, não preciso de ninguém pra ser feliz e me sentir satisfeita, não sou fraca o bastante pra pensar de outra forma. Continuo com muitas preocupações, mas não digo nada, pois nada que eu dissesse seria compreendido tão facilmente e me falta paciência para dar explicações. Esforço-me pra mim mesma, enquanto não veem, me torno ainda mais velha. Assim crio quilômetros de vantagem, uma diferença notável de sabedoria. Sinceramente não estou triste, muito pelo contrário, nunca estive tão feliz.
    É necessário desprender-se de lembranças insignificantes, ou melhor, torná-las insignificantes. É o que chamo de cortar o mal pela raíz. Tudo o que desejei ha um tempo atrás agora está se realizando. De uma forma surpreendente e tranquila, estou percebendo que continuo a mesma pessoa, todavia com uma maturidade perceptivelmente maior. Continuo a mesma.
    A vida tem me deixado relativamente satisfeita, nunca estou satisfeita, mas não a ponto de não ser feliz.

4 comentários:

  1. Nós estamos em eterna mudança. Concordo em sermos relativamente satisfeitos, mas não a ponto de não ser feliz. Gostei disso! Bjs

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  2. Tem um selinho pra você no meu blog ;)

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  3. cadê a nati ? eu gosto tanto de ler seus posts !

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  4. tenho uns textos salvos, aguardem, e desculpa :/

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