12 abril 2017

Eu não posso dizer que está sendo fácil e que não está doendo. Estou sentindo uma dor quase insuportável, meu coração queima a cada lembrança que me vem à mente. A cada momento em que relembro e sinto novamente o quanto eu te amei. Em cada momento que olhei nos seus olhos castanhos e me aconcheguei no teu corpo como se fosse meu lar. Em cada momento em que não havia barreira alguma entre nós e éramos só eu e você. Em todos os lugares que passamos andando de mãos dadas ou abraçados e eu me sentia segura como nunca antes. Este não foi um relacionamento desgastado pelo tempo, ou que um dos dois fez algo de mau. Muito pelo contrário, foi bom e puro do início ao fim, foi intenso e sereno e tinha um mar de sonhos pela frente. Olhando nossas fotos agora percebi o quanto corrói minha alma saber que não te verei novamente, que as juras de amor que te fiz foram apagadas por minhas próprias escolhas. São dois dias em que a noite chega e a solidão me visita com o eco do silencio outrora preenchido por nossas conversas. São dias que não como direito, que choro mais do que imaginava que choraria, que o mundo perdeu um pouco das cores que você havia trazido. Dias inventando desculpas para não pensar, preenchendo meu pensamento com esperanças vazias para não lembrar de você. Sei que você vai seguir sua vida, sei e espero que encontre alguém que mereça tudo o que você tem a oferecer, alguém que queira viver os mesmos sonhos que você. Sei que um dia tudo o que vivemos se tornará uma lembrança bonita para nós dois. Uma lembrança de tudo o que foi e de tudo o que poderia ter sido. E essa última é a que mais me machuca agora. Mas como eu poderia te oferecer mais? Eu sei que o tudo que dei de mim ainda era pouco. Por que nossos destinos tinham que ser tão diferentes? Eu sei que o destino se encarregou de nos unir um dia, no entanto foram minhas escolhas que nos levaram à este ponto, o ponto final. Eu seguirei aqui, do outro lado do mundo, quiçá em algum outro canto, fazendo o que amo longe de quem mais amei. 

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